O presidente da Fenapecuária apelou ao Governo para que encontre "um caminho para reduzir os custos fixos com eletricidade e com combustíveis, sob pena de se aniquilar toda uma fileira responsável por milhares de postos de trabalho e do alimento no prato".
A Federação Nacional das Cooperativas de Produtores Pecuários (Fenapecuária) afirmou ontem que é inevitável que os preços dos bens agroalimentares "venham a sofrer um aumento significativo", devido ao "aumento brutal dos custos de produção".
"Estamos hoje a assistir a um aumento generalizado dos custos, não só os associados à energia, rações, adubos, fitofármacos, bem como de todos os outros dos quais a produção depende. Esta enorme escalada de preços resulta num enorme desânimo para toda uma classe agrícola, uma vez que, até agora, os agricultores não têm sido devidamente ressarcidos nos preços dos seus produtos", salientou a federação num comunicado.
Por isso, o presidente da Fenapecuária, Idalino Leão, considerou, citado no comunicado, que “é inevitável que os preços dos produtos agrícolas subam".
“Este contexto só vem colocar a nu a enorme dependência da União Europeia face a outros blocos mundiais. O que prova que a recente estratégia defendida para a futura PAC é um erro que só vai agravar, ainda mais, os desequilíbrios e a nossa dependência do exterior”, afirmou Idalino Leão na mesma nota de imprensa.
O presidente da Fenapecuária desafiou o Governo a assumir que é importante defender e promover a soberania alimentar de Portugal e a usar todas as ferramentas ao seu dispor para concretizar esse objectivo e apelou ao executivo socialista para que encontre "um caminho para reduzir os custos fixos com eletricidade e com combustíveis, sob pena de se aniquilar toda uma fileira responsável por milhares de postos de trabalho e do alimento no prato".
Créditos da Notícia: Postal do Algarve
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