Estudo norte-americano mostra como evoluiu este tipo de refeições de 1986 até 2016: maiores, mais salgadas e mais calóricas.
Dos hambúrgueres ao frango frito, a "comida rápida" mudou a vida de muitas pessoas cujo ritmo do dia-a-dia não permite fazer paragens longas para comer. Mas rápido não significa saudável. Um novo estudo da Universidade de Boston, nos EUA, prova que a chamada fast food está cada vez mais salgada e mais calórica.
De acordo com o The New York Times, ao longo de vários meses, os investigadores dedicaram-se ao estudo de 1787 produtos de dez diferentes cadeias de fast food (Arby's, Burger King, Carl's Jr., Dairy Queen, Hardee, Jack in the Box, KFC, Long John Silver's, McDonald's e Wendy's), entre o ano de 1986 e 2016.
Só o número de produtos disponíveis subiu 226% desde há 30 anos, concluíram. Mas também estão cada vez menos saudáveis, com mais sal e maior teor de gordura. Estes são, aliás, os grandes responsáveis pela elevada taxa de obesidade entre adultos nos Estados Unidos, que aumentou de 13%, no início dos anos 60, para 40%, em 2016. E o problema parece mesmo estar a piorar.
De acordo com o estudo, em todas as dez cadeias analisadas, o menu principal tinha mais 39 gramas e 90 calorias em 2016 do que em 1986. Além disso, a quantidade diária de sódio estava 27,8% acima do recomendado. Também em produtos como batatas fritas e sopas as calorias aumentaram - mais 42 do que as registadas há 30 anos.
O mesmo acontece com as sobremesas, que até 2016 tinham ganho, em média, mais 71 gramas e tinham mais 186 calorias. Darren Seifer, especialista do sector alimentar da NPD (uma empresa norte-americana de estudo de mercado), disse que estes números advêm do facto de os restaurantes terem aumentado o tamanho das sobremesas, para que consigam "prometer mais valor" aos clientes.
Uma única refeição nestas cadeias pode mesmo corresponder a quase 40% do consumo diário de 2 mil calorias.
Apesar da adopção de medidas de rotulagem alimentar de menus, para que os clientes saibam exatamente o que estão a consumir, a principal coordenadora desta investigação acredita que "os restaurantes não estão a fazer o suficiente". Em entrevista ao The New York Times, Megan A. McCrory diz que "de forma geral, houve algumas mudanças positivas, mas ainda são pequenas e, acima de tudo, as mudanças pioraram".
Desta forma, os investigadores propuseram várias medidas no estudo, destinadas a ajudar os consumidores a reduzir a ingestão de fast food. Entre elas, está um guia que os ajuda a comprar porções menores e a preços mais baixos.
Créditos da Notícia: espalha factos
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