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10 princípios nutricionais da dieta mediterrânica

O padrão alimentar mediterrânico é considerado um modelo alimentar de referência a nível mundial para a promoção da saúde e prevenção da doença.

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Sabemos que uma alimentação saudável deve ser completa (que inclua alimentos de todos os grupos alimentares), equilibrada (ingerindo as porções diariamente recomendadas) e variada (que inclua alimentos diferentes dentro do mesmo grupo), com o intuito de suprir as necessidades energéticas e nutricionais diárias.


Nos dias de hoje, o padrão alimentar mediterrânico é considerado um modelo alimentar de referência a nível mundial para a promoção da saúde e prevenção da doença. A dieta mediterrânica foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) património cultural imaterial da humanidade, sendo reconhecida como modelo cultural, histórico e de saúde.


A dieta mediterrânica vai mais além da perspectiva nutricional. Falar de dieta mediterrânica é falar de cultura, de saúde e de gastronomia. Esta dieta promove uma ingestão alimentar baseada na diversidade, nos produtos locais e da época. Incentiva, também, o convívio à volta da mesa e partilha de refeições com familiares e amigos.


Este padrão alimentar, a par do exercício físico regular, é uma boa prática para promover a saúde, sem esquecer o prazer da mesa e o bem-estar que dele decorre. A evidência científica sugere que este tipo de dieta se associa a uma maior longevidade e diminuição de risco de desenvolvimento de diversas doenças, sendo considerada uma das dietas mais saudáveis do mundo.


10 princípios nutricionais da dieta mediterrânica

  • Frugalidade e cozinha simples, tendo como base as preparações que protegem os nutrientes, como as sopas, os cozidos, os ensopados e as caldeiradas;

  • Elevado consumo de produtos vegetais (produtos hortícolas, frutas, cereais pouco refinados, leguminosas secas e frescas, frutos secos e oleaginosos);

  • Consumo de produtos vegetais produzidos localmente, frescos e da época;

  • Azeite como principal fonte de gordura;

  • Consumo moderado de lacticínios;

  • Utilização de ervas aromáticas, em detrimento do sal;

  • Consumo frequente de peixe e baixo de carnes vermelhas;

  • Consumo moderado de vinho;

  • Água como principal bebida ao longo do dia;

  • Partilha e convívio à volta da mesa.


“Uma dieta amiga do ambiente”

De acordo com a FAO, uma dieta sustentável respeita a biodiversidade e os ecossistemas, otimizando os recursos disponíveis. Deste modo, deverá promover uma agricultura que consuma menos água, produza menos carbono, preserve a biodiversidade e as produções tradicionais.


A FAO considera a dieta mediterrânica como “amiga do ambiente”, uma vez que é um bom exemplo de uma dieta sustentável, ao promover o consumo de alimentos locais e da época. O consumo de alimentos da região incentiva o emprego local e reduz o gasto de energia com o seu transporte, apresentando vantagens para o meio ambiente. Adicionalmente, os alimentos fora da época requerem mais energia na sua produção, bem como a utilização de fertilizantes e substâncias químicas.


Um artigo dos nutricionistas Beatriz Vieira e Cristiana Brito da Clínica de Santo António.


Créditos do Artigo: N.N.


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