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Cerejas do fundão igp

Cerejas

Originária da Ásia, a cereja é um fruto sazonal, doce e carnudo, produzido pela cerejeira-brava, uma árvore que partilha o género - Prunus - com árvores de fruto como a amendoeira, o pessegueiro, o damasqueiro ou a ameixeira.

 

Em Portugal estão registados 5 cultivares de cerejas: a “Cereja de São Julião - Portalegre DOP”; a “Cereja de Alfândega da Fé”; a “Cereja de Penajóia” (a.k.a. Cereja do Douro); a “Cereja do Fundão IGP”, e a “Cereja da Cova da Beira IGP”, constituindo estes últimos dois mais de metade da produção nacional.

 

Além de ser pouco calórica, a cereja tem um grande valor nutricional nomeadamente pela sua riqueza em fitoquímicos, umas substâncias com importantes propriedades de protecção celular e anti-inflamatórias.

 

  • NOME CIENTÍFICO

    Prunus avium 

  • ORIGEM

    Portugal, Espanha

  • MARCA

    N/A

  • OUTRAS INFORMAÇÕES

    Pensa-se que sejam originárias das regiões do Norte do Irão e de outros países a Sul das Montanhas do Cáucaso, tendo sido trazida para a Europa pelos romanos e gregos.

    As cerejas devem ser colhidas maduras - ao contrário do que acontece com outros frutos, após colhidas não tendem a tornar-se mais doces. Dependendo da sua variedade, podem apresentar uma coloração amarela, vermelho-clara, vermelho-escura ou roxa. 

    Os principais produtores de cerejas a nível mundial são a Turquia, os EUA, a Ucrânia e a Rússia.

    Em 2022, a área de cerejal em Portugal ascendia aos 6,2 mil hectares que deram origem a 24,6 mil toneladas de frutos. Tanto a área como a produção têm vindo a crescer no nosso país desde a década de 90.

    Em Portugal, os pomares de cerejeiras situam-se, essencialmente, a norte do rio Tejo, com excepção da região de Portalegre (Serra de São Mamede). As principais produções concentram-se nas regiões da Beira Interior, Trás-os-Montes, Douro e Minho.

    Conhecido como a “Capital da Cereja”, é no município de Resende que se produzem as cerejas mais precoces de toda a Europa.

    A certificação com Indicação Geográfica Protegida (IGP) estabeleceu a Cova da Beira, em 1996, e o Fundão, em 2020 (ambas zonas em que a cereja é cultivada pelo menos desde o início do século XIX) como marcas e fixou variedades e sistemas de cultivo específicos para cada uma destas áreas geográficas de produção. Pela sua importância para a economia agrícola regional, na Cova da Beira a cereja é conhecida popularmente como “ouro vermelho”.

    Todas as partes da cereja são utilizáveis - os pés são usados na preparação de um chá com propriedades terapêuticas (anti-inflamatórias e diuréticas, entre outras) e os caroços, em almofadas terapêuticas (úteis no alívio do stress, ansiedade, cólicas, insónias e dores musculares).

    O caroço da cereja não deve ser consumido pois possui amigdalina, um composto que, ao ser metabolizado pelo corpo humano, libera cianeto.

    Dada a sua bela floração, a cerejeira também é plantada com fins ornamentais. A sua madeira (muito procurada desde o século XVII), singular, é usada na produção de móveis e artigos decorativos e no fabrico de instrumentos musicais.

  • SELECÇÃO & CONSERVAÇÃO

    Devem preferir-se as cerejas com pele limpa, firme, brilhante, sem golpes nem manchas; o pedúnculo deve ser verde, fresco e bem preso ao fruto.

    As cerejas devem ser conservadas em local fresco, podendo ser acondicionadas na zona mais fria do frigorífico, sem serem lavadas nem cobertas, onde se mantêm cerca de 1 a 2 semanas. Podem ser congeladas mas nesse caso devem ser previamente lavadas, secas e armazenadas em sacos de plásticos, aumentando-se assim a sua vida útil até cerca de 8 meses.

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