Figos (frescos)
De sabor doce e textura refinada - fibrosa, carnuda e suculenta -, o figo é um fruto sazonal muito versátil e nutritivo.
Dado o seu elevado teor em água e por ser rico em fibra, o figo é muito refrescante e constitui-se como uma fonte natural de energia que promove a saciedade.
Os figos frescos das figueiras mansas (que produzem frutos comestíveis) têm habitualmente 2 épocas de produção (i.e. 2 camadas): uma com maturação no final da Primavera, início do Verão (figos lampos, de epiderme violácea e calibre maior) e outra que amadurece durante o Verão, prolongando-se entre Julho e Dezembro (figos vindimos, de epiderme verde e calibre menor).
Os figos lampos são mais ricos em água e possuem a epiderme mais fina, sendo habitualmente consumidos frescos.
NOME CIENTÍFICO
Ficus carica (“Figueira mansa”)
ORIGEM
Portugal, Brasil
MARCA
N/A
OUTRAS INFORMAÇÕES
A figueira-comum pertence à família Moraceae, género Ficus, espécie Ficus Carica.
Árvore de climas secos, quentes e temperados, a figueira tem origem presumida na bacia mediterrânica e na Ásia Ocidental mas encontrou na região mediterrânica condições adequadas ao seu bom desenvolvimento. É actualmente considerada subespontânea em todo o Sul da Europa e distribui-se por todas as regiões temperadas, tropicais e subtropicais do globo. Foi uma das primeiras espécies de árvores de fruto cultivadas pelo homem.
O figo não é um fruto, é uma infrutescência (i.e. um conjunto de pequenos frutos) - não vemos a formação da flor antes de surgir o fruto porque ela se encontra nas paredes do receptáculo do figo. As flores da figueira, polinizadas pela vespa-do-figo, abrem-se no interior de uma vagem em formato de pêra que, quando madura, corresponde ao figo tal como o conhecemos.
Actualmente a produção mundial está sobretudo concentrada no Médio Oriente, Estados Unidos da América e Brasil. Os principais exportadores de figo fresco são a Turquia, a Holanda, a Itália, a Espanha e o Brasil.
Em Portugal, a cultura centrou-se sobretudo no litoral algarvio e em Torres Novas onde a implantação dos figueirais surgiu no século XIX como alternativa à vinha. Componente por excelência do histórico pomar de sequeiro, outrora com grande peso e importância sócio-económica na região do Algarve, principalmente na vertente de figo para secar, o figo tem vindo progressivamente a perder importância mas nos últimos anos registou-se um interesse renovado por esta cultura nomeadamente na variante de figo para consumo em fresco.
Estima-se que existam mais de 700 tipos de figos com diferentes cores, formatos e tamanhos. Em Portugal, os mais comuns são os de pele roxa, verde e amarela, sendo a região do Algarve responsável por cerca de metade da produção nacional.