Silarcas
Também conhecidas como “Tortulhos”, “Gurumelos”, “Selercas”, ou “Púcaras-da-Quaresma”, esta espécie autóctone de cogumelos silvestres comestíveis é nativa do Sul da Península Ibérica.
NOME CIENTÍFICO
Amanita Ponderosa
ORIGEM
Portugal
MARCA
N/A
OUTRAS INFORMAÇÕES
A Silarca vive em simbiose com as raízes da azinheira, da esteva e do sobreiro e pode ser encontrada entre Janeiro e Abril nos montados alentejanos (popularizou com o título de “o ouro branco dos montados”), sobretudo em Portel, Redondo, Barrancos, Moura, Vidigueira, Reguengos de Monsaraz e Évora.
A sua área de distribuição natural limita-se ao Sul da Europa e Norte de África, englobando Portugal, Espanha, França, Itália, Sardenha e Marrocos.
Coloração ocre, aroma a terra, muito distintivo, textura fibrosa e sabor intenso. Chapéu de formato hemisférico que evolui mais tarde para convexo/aplanado. Pé bolboso.
A apanha e extracção deve ser feita por peritos porque esta espécie de cogumelos silvestres é muito parecida com algumas espécies não comestíveis e tóxicas. Ao contrário das espécies tóxicas Amanita Boudieri e Amanita Verna, cuja carne permanece branca, imutável ao corte, a Amanita Ponderosa apresenta uma carne branca que tende a adquirir um tom rosado quando pressionada e/ou cortada e exposta ao ar, evoluindo depois para uma coloração castanha. Este é um dos indicadores para identificar diferencialmente esta espécie.
Entre os pratos típicos com silarcas destacam-se os ovos com silarcas (com ou sem ervilhas), o feijão com silarcas, o ensopado de borrego com silarcas, o calducho com silarcas e as silarcas grelhadas com sal (diz-se no Alentejo que “as silarcas morrem grelhadas com sal”).
Na freguesia de Cabeça Gorda, em Beja, realiza-se desde 2014 um festival anual - o "Silarca Festival do Cogumelo" - onde se podem degustar várias receitas preparadas com silarcas e participar na sua apanha, no contexto dos passeios micológicos organizados durante o evento.