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A alimentação é um direito e é preciso criar políticas para que chegue a todos | in "TSF"

No programa Cidadãos Ativos, o projecto "A Alimentação é um direito" trabalha nas mudanças necessárias a nível legal e político.

A Associação ACTUAR tem um projecto que quer trazer para a agenda política o direito humano à alimentação e nutrição adequadas, através de uma produção mais sustentável.


O projecto "A Alimentação é um direito" está inserido no programa Cidadãos Ativos e tem em causa o número de pessoas afectadas pela má nutrição, que não pára de aumentar.


Em Portugal, estima-se que dois milhões de pessoas não tenham capacidade para aceder regularmente a uma alimentação adequada. Mas o que significa, afinal, o direito humano à alimentação?


"O direito à alimentação significa que todos nós devemos ter o direito a decidir o que devemos produzir e o que devemos consumir; falar em alimentação adequada significa adequá-la ao contexto, às condições culturais, sociais, económicas, climáticas e até ecológicas", explica Joana Rocha Dias, da associação ACTUAR.


A responsável explica que "está implícito o acesso físico e económico de todos nós aos alimentos e aos recursos", nomeadamente o acesso ao emprego, à terra e à água. Como tal, o objectivo é lutar para que "este acesso seja permanente e isso implica políticas públicas adequadas".


Joana Rocha Dias esclarece que comer bem não significa necessariamente comer muito... o conceito de alimentação adequada é mais sobre ter acesso à comida certa que chega dos sítios certos.


"De onde vem a comida que estamos a consumir, como é que ela é produzida", atira, frisando que tem de haver "soberania alimentar, a importância de definir o que produzimos e o que consumimos", sendo "esta articulação entre a produção e o consumo um elemento central".


O projecto pretende repensar o sistema alimentar atual, nem que seja preciso fazer mudanças a nível legal e político.


"Para assegurar uma alimentação saudável e um sistema alimentar sustentável requer um trabalho efectivo de todos os intervenientes", partindo do princípio que os diferentes actores e sectores devem estar "realmente numa mesma mesa, seja a agricultura, saúde, alimentação". Trata-se de um "conselho nacional para a segurança alimentar e nutricional activo, que está já criado o decreto" e que é "absolutamente essencial", tanto para criar uma lei, como para tomar decisões práticas, como o marketing dirigido a crianças ou as comidas em cantinas.


A ACTUAR quer o Estado a encarar a alimentação adequada como um direito de todos os portugueses através da criação de uma Lei de Bases que funcione como uma arma para melhorar a saúde de todos.


Créditos da Notícia: TSF


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