Portugal brilha nos The Best Chef Awards 2025. Alexandre Silva, Rui Silvestre, Pedro Lemos e Dieter Koschina em destaque
- Lima com Pimenta

- 4 de out.
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Vários chefs portugueses foram reconhecidos nos prestigiados prémios internacionais, com distinções que vão de uma a três facas.
Portugal volta a afirmar-se no panorama internacional da gastronomia com vários chefs distinguidos nos The Best Chef Awards 2025.
Entre os portugueses premiados, Rui Silvestre (Fifty Seconds, Lisboa), Alexandre Silva (Loco, Lisboa) e Pedro Lemos (Pedro Lemos, Porto) receberam uma faca.
Já Dieter Koschina (Vila Joya, Albufeira) subiu de uma para duas facas, reflectindo o reconhecimento do seu percurso e da excelência da sua cozinha.
Koschina sublinhou o papel da sua equipa na conquista: “Estou tão orgulhoso de toda a minha equipa, desde os responsáveis pela limpeza, aos empregados de mesa, sommeliers e bartenders, passando pelos jovens estagiários da cozinha até à minha dedicada equipa, especialmente o meu chef Stefan Langmann. Sem esquecer a equipa da recepção, housekeeping, jardineiros e os sempre disponíveis 'bombeiros' da manutenção. Sem todos vocês, nada disto seria possível! Obrigado!”.
Também Rui Silvestre afirmou em comunicado que “receber esta distinção é uma enorme honra e um momento marcante na minha carreira. Mas acima de tudo, é o reflexo do trabalho diário de uma equipa extraordinária, que me acompanha com dedicação, rigor e paixão", acrescentando que a conquista é partilhada "com cada elemento da equipa do Fifty Seconds, porque nada disto se faz sozinho. Um agradecimento especial ao Grupo Sana, que tem acreditado na minha visão desde o primeiro dia, e me dá as condições para continuar a crescer e a criar. Isto é de todos nós.”
Mantêm uma faca Carlos De Albuquerque Teixeira (Herdade do Esporão, Reguengos), George Mcleod (SEM, Lisboa), Marlene Vieira (Marlene, Lisboa), Rui Paula (Casa de Chá da Boa Nova, Leça da Palmeira) e Vítor Matos (Antiqvvm, Porto).
No grupo de duas facas, encontram-se ainda: Henrique Sá Pessoa (Alma, Lisboa), João Oliveira (Vista, Portimão), Pedro Pena Bastos (Broto, Lisboa), Ricardo Costa (The Yeatman, Porto) e Vasco Coelho Santos (Euskalduna Studio, Porto).
Finalmente, no topo, com três facas, figura Hans Neuner (Ocean, Porches) e José Avillez (Belcanto, Lisboa), confirmando o estatuto de elite da cozinha portuguesa.
O galardão reconhece não apenas a técnica, mas também a criatividade, visão e impacto destes chefs na gastronomia contemporânea, reforçando o papel de Portugal no mapa internacional da alta cozinha.
O pódio e os destaques internacionais
Na edição de 2025, o grande vencedor foi o dinamarquês Rasmus Munk, do Alchemist (Copenhaga), eleito novamente The Best Chef in the World. “Ganhar este prémio pelo segundo ano não é apenas uma honra, é um reconhecimento de toda a equipa do Alchemist. Espero que a gastronomia continue a evoluir para além da simples técnica. A comida pode ser um meio poderoso, capaz de provocar conversas, levantar questões e inspirar mudanças”, afirmou em comunicado.
O segundo lugar coube a Ana Roš, do restaurante Hiša Franko (Eslovénia), destacando-se pelo uso criativo do terroir esloveno e pela capacidade de ligar herança local a influências internacionais. O terceiro lugar foi conquistado por Himanshu Saini, do Trèsind Studio (Dubai), reconhecido pela reinvenção contemporânea da cozinha indiana.
Para além do pódio principal, os prémios atribuíram várias distinções especiais. O prémio The Best Humanity foi entregue aos chefs da World Central Kitchen, fundada por José Andrés, nos Estados Unidos.
O título de The Best Visionary coube a Massimo Bottura, da Osteria Francescana, em Módena, Itália.
Já o prémio The Best Pastry distinguiu Pía Salazar, do restaurante Nuema, em Quito, Equador, enquanto Debora Fadul, do Diacá, na Cidade da Guatemala, recebeu o galardão The Best Terroir.
Na categoria The Best Creativity, o prémio foi para Jason Liu, do Ling Long, em Xangai, China, e o de The Best Food Art distinguiu o espanhol Quique Dacosta, em Dénia, Espanha.
O prémio The Best New Entry foi atribuído a Prateek Sadhu, do Naar, em Kasauli, Índia, enquanto o de The Best Dining Experience destacou Anika Madsen, do Iris, em Rosendal, Noruega.
Já Diego Guerrero, do DSTAgE, em Madrid, recebeu o prémio The Best Science, e Himanshu Saini, do Trèsind Studio, Dubai, foi distinguido como The Best Voted by Professionals.
O prémio The Best NextGen foi entregue a Sebastian Jiménez, do Ræst, nas Ilhas Faroé.
Em Milão, dois chefs locais foram distinguidos: Andrea Aprea, do restaurante homónimo, recebeu o The Best Milan Award, enquanto Diego Rossi, do Trippa, conquistou o prémio The Best Origins & Future.
Cristian Gadau, cofundador e CEO dos The Best Chef Awards, afirmou que “mais do que uma celebração da excelência culinária, os prémios representam uma comunidade que continua a crescer e a inspirar. Com quase o dobro de votantes este ano, vemos o apetite global por inovação, diversidade e colaboração na gastronomia mais forte do que nunca. Cada edição procura construir uma lista mais inclusiva, tornando-a menos elitista e mais abrangente para toda a humanidade.”
Créditos doa Notícia: SAPO






