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"Uma salsicha é uma salsicha". UE quer proibir palavras associadas a carne em produtos vegetarianos

  • Foto do escritor: Lima com Pimenta
    Lima com Pimenta
  • 11 de out.
  • 2 min de leitura

O Parlamento Europeu aprovou esta Quarta-feira uma proposta que proíbe o uso de termos tradicionalmente associados a carne em produtos à base de vegetais. Se a proposta for confirmada nas próximas fases legislativas, deixará de se poder usar designações como "hambúrguer vegetariano", "salsicha vegana" ou "bife de soja".

A votação desta Quarta-feira no Parlamento Europeu terminou com 355 votos a favor, 247 contra e 23 abstenções.

A medida foi justificada como uma forma de proteger os agricultores e evitar confusões entre consumidores, mas já está a provocar polémica entre defensores das alternativas alimentares à base de plantas.

vegan, vegetariano
📷: Unsplash

A lista de termos restritos inclui "bife", "escalope", "salsicha", "hambúrguer", "panados" , "gema de ovo" e "clara de ovo", reservando o seu uso exclusivo a produtos que contenham carne ou ovos. 

"Uma salsicha é uma salsicha. A salsicha não é vegetariana", afirmou o chanceler alemão Friedrich Merz, defendendo a necessidade de preservar a identidade dos produtos tradicionais.

Os eurodeputados consideram que esta clarificação é necessária para "proteger o sector agrícola europeu" e garantir que o consumidor "não é induzido em erro".

Contudo, associações de defesa do consumidor e grupos ambientalistas criticaram a decisão, argumentando que os consumidores já distinguem claramente entre produtos de carne e produtos vegetais e que a medida "é desnecessária e contraproducente".

A União Europeia já impõe restrições semelhantes no sector dos produtos lácteos, reservando designações como "leite", "manteiga", "natas", "iogurte" e "queijo" exclusivamente a produtos "secretados pelas glândulas mamárias".

Por essa razão, bebidas vegetais como o "leite de aveia" ou o "leite de amêndoa" são comercializadas com a designação de "bebida vegetal".

Quanto à "carne vegetal" o regulamento ainda precisa de ser negociado entre o Parlamento Europeu, os governos dos Estados-Membros e a Comissão Europeiaantes de ser convertido em lei aplicável.


Créditos doa Notícia: RTP


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